Fundada em 1° de janeiro de 1923,
com a inauguração de sua sede internacional Angelus
Temple, em Los Angeles, Califórnia; a Igreja do Evangelho Quadrangular
nasceu no coração de Deus e foi confiada às mãos da evangelista Aimée Semple
McPherson, conhecida como "Irmã Aimee" que, em seu ministério, foi responsável
por diversas ações que resultaram em grandes impactos evangelísticos.
Nos primeiros meses de
existência da sede internacional Angelus
Temple, sete mil pessoas se converteram a Jesus e, trinta dias depois, foi
inaugurado o Instituto de Treinamento Evangelístico e Missionário e uma sala de
oração, tendo como base o versículo “orai sem cessar”. Aimée dirigia 21 cultos por semana na sede
Quadrangular com capacidade para cinco mil
pessoas. Ela também participava de eventos públicos e parava
completamente as ruas de Los Angeles, diretamente para o Angelus Temple.
Em 1944, quando concluiu seu
ministério, Aimée Semple McPherson passou a presidência do movimento
Quadrangular e da Cruzada Internacional de Evangelização passou para seu filho
Rolf K. McPherson, que serviu ao corpo diretivo por 44 anos. A mudança da
liderança não desacelerou o progresso, pelo contrário, sob sua
responsabilidade, o movimento passou de 400 igrejas para mais de 10 mil.
Com o objetivo de
expandir-se ainda mais, alcançar comunidades no mundo todo e ecoar as palavras
escritas na pedra angular do Angelus
Temple, que dedica seus membros ao evangelismo universal
interdenominacional, a Igreja Quadrangular formou a Fraternidade Pentecostal da
América do Norte, em 1948, em uma aliança com a Assembleia de Deus, a Igreja de
Deus, a Open Bible Standard Churches, a Igreja Internacional Pentecostal de
Santidade, entre outras. Hoje, já existem igrejas Quadrangulares em todos os
Estados norte-americanos, além de outras tantas espalhadas por 146 países.
Chegada
ao Brasil
No
Brasil, o Evangelho Quadrangular teve início com o pastor Harold Williams e sua
esposa, Mary Williams, que vieram ao País inspirados a levar a Palavra de Deus
e salvar almas para Cristo. No começo, não foi fácil. Passaram por diversas
provações e desafios, mas sempre guiados pela luz divina. A primeira parada na
América do Sul se deu na Bolívia, onde pregaram os ensinamentos do Senhor por
um ano. Por alguma razão, eles sentiam que este não era o lugar onde Deus os
desejava.
Seguiram,
então, pela costa brasileira. Passaram por Belém (PA), Fortaleza (CE), Recife
(PE), Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ). No Rio, eles acharam que poderia ser
o local, já que havia milhões de almas precisando de salvação. Contudo, à
medida que percorriam a cidade, voltaram a sentir a mesma inquietude,
percebendo que não tinham portas abertas à espiritualidade.
Ainda
em busca de um local onde pudessem encontrar pessoas propensas a receber os
ensinamentos de Cristo, embarcaram outra vez. Eles foram para Santos e, depois,
para São Paulo, o centro do progresso econômico. Mais uma vez, eles se viram
rodeados pelo crescimento da economia, da matéria. Era uma cidade muito
agitada, sem tempo para a vida espiritual. Mais tarde, perceberam que estavam
errados ao pensar assim. Não eram as grandes cidades que estavam despreparadas,
eram eles.
Guiados
pelo Senhor, esses missionários deixaram São Paulo e foram para Poços de Caldas
(MG), onde grandes tarefas os esperavam. O primeiro desafio foi a Língua
Portuguesa, que era estranha e difícil de aprender. Contudo, se as palavras
divinas precisavam chegar ao povo brasileiro, tinha de fazê-lo em português.
Alguns
meses mais tarde, Harold Williams recebeu a visita de um pastor protestante de
uma igreja local, convidando-o para fazer um sermão aos membros de sua
congregação. Após orar e meditar, aceitou a oportunidade de testemunhar o amor
divino na língua do povo. Seu ministério em português tinha, enfim, começado. Muitos
convites eram feitos e ele se tornou cada vez mais requisitado entre as
congregações.
Depois
de algum tempo, ele se tornou pastor de sua própria igreja, em São João da Boa
Vista, interior de São Paulo. Apesar desse progresso inicial, ele ainda não se
sentia realizado. Por 30 dias ele meditou e esperou que Deus falasse com ele. E
ele obteve a resposta, sentindo o Senhor dizer: “Segue, vai por estradas e
chame-os para entrar em minha casa”.
Ele
percebeu, então, que as pessoas tinham medo de entrar nas igrejas. Talvez, se
as pregações fossem diferentes, elas se interessariam mais. Foi assim que
Harold Williams teve a idéia da Tenda. Tudo o que ele precisava era de uma
tenda para ir até as pessoas. Finalmente, o plano do Senhor tinha se revelado.
Convencido
de que essa visão era uma ordem do Senhor, o pastor decidiu expor seu plano aos
seus superiores nos EUA, pedindo apoio. Reunido com eles, Williams contou que
recebeu uma inspiração para os trabalhos no Brasil, que precisava de algo novo.
Sua inspiração foi levar uma tenda para pregar o evangelho bem no centro
industrial de São Paulo. No entanto, ele precisava de uma ajuda inicial para
implementar o projeto. O Presidente gostou muito da ideia e foi apoiado pelos
demais membros.
Assim,
seguindo a orientação de Deus, Harold Williams foi conduzido à sua grande
missão de salvar almas. Agora, aquela velha inquietude foi esquecida e a
confusão era coisa do passado. Cheio de inspiração, este apóstolo ergueu seu
tabernáculo de lona, pronto para lançar seu ministério na cidade de São Paulo,
no bairro do Cambuci.
Tendas
e primeiras igrejas
A
partir de então, a idéia da tenda tornou-se uma característica peculiar da IEQ
no país. Então, Harold passou pelos bairros da Água Branca e Santa Cecília,
sendo este último o local onde foi construído o templo em São Paulo. Ele passou
a viajar pelo Estado com a mesma tenda, chamada “tenda número um”, dando ênfase
à cura divina e difundindo o lema "Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e
será eternamente".
Quando
tudo estava pronto, Harold e Mary Williams saíram pelas ruas convidando
diretamente as pessoas. Cada contato pessoal era feito em seu nome. Cada
convite era feito com uma oração interior.
Enquanto
isso, no salão da Santa Cecília, as senhoras da igreja começaram a aprender
confeccionar tendas com a ajuda de um irmão que tinha experiência com tendas de
circo. Daí por diante, as tendas compradas ou fabricadas na própria igreja
saíram peregrinando por lugares como o bairro da Casa Verde, as cidades de
Americana, Limeira, Vitória (ES), Curitiba (PR) e vários outros lugares. Como
uma onda contagiante, o movimento crescia e cada tenda dava origem a um novo
núcleo que se transformava em uma nova igreja.
Na
década de 1960, sob a liderança de George Russell, foi estabelecida a meta de
levar a mensagem da Quadrangular a todas as capitais do País e, futuramente,
aos municípios. Por onde as tendas passavam, constituíam uma nova comunidade.
Assim, as décadas de 70 e 80 foram marcadas pelo evangelismo dinâmico e pela
construção de grandes e belos templos.
IEQ hoje
Em quase 70 anos de sua fundação, a Igreja do Evangelho Quadrangular possui mais de 17 mil templos e obras abertas e estruturadas em todo o País. Mais de 30 mil obreiros estão levando os ensinamentos de Jesus a mais de dois milhões de pessoas em 22 nações.